quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Anúncio Impresso

Um jovem que acaba de sair bêbado da uma festa, resolve pegar o carro sob efeito do álcool. No caminho ele avista um homem elegante em seu terno, carregando uma bagagem indefinida, e pedindo carona.
O homem coloca a bagagem no porta-malas, entra no carro e informa o seu destino. Ao chegar ao local, o motorista alcoolizado percebe que fora conduzido até o cemitério, e que este homem a quem ele dera carona possuia como bagagem um foice. Ele é a morte.

Interpretação do conto de LIP II

Conto de Felipe Kiam Assato - Poeira


terça-feira, 27 de outubro de 2009

Um Homem e Sua Vida (Conto Pequeno - LIP II)

Um homem almejou encontrar muitas coisas em sua vida. Guiado por sua indiferença, passou incólume por todos os seus anseios. Não encontrou o amor, o primeiro beijo, a oportunidade única, a amizade. Até que um dia a sorte lhe sorriu. Algo veio ao seu encontro: A Morte.

Kauê Alves Antonioli e Vinícius Guimarães Forte

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Conto de Língua Portuguesa II

Amor...
Podia ser um dia normal como aqueles tantos que se passaram desde que O Homem começou a trabalhar naquela empresa e passar o horário de almoço no café próximo, mas aquele dia era singular por um impasse que pairava sobre a sua cabeça. Naquela terça-feira quente daquela cidade, um acontecimento tinha mudado o dia do rapaz. Ele descobrira um “esquema” envolvendo seu grande amigo de trabalho. Amigo e não colega.
Essa anormalidade poderia levar a empresa à falência ou a complicações na justiça. Tudo o que ele pensava era se ele deveria fazer o que era politicamente correto ou continuar com a sua fidelidade. As notícias de aquecimento global, a crescente taxa de juros, e as mortes no mundo, todos esses assuntos comumente “políticos” tinham tudo para ocupar cem por cento da sua mente, mas aquele dia não. Tudo era o impasse.
As pessoas entravam, e saiam, permaneciam, o movimento era invisível, mas agora não mais pois uma linda menina, encantadora e destoada da multidão sem feição, tinha entrado no campo de vista do homem. Após ter criado uma situação para aproximar-se dela, o rapaz iniciou uma longa e agradável conversa com a moça. O passar do tempo fez ele e ela se corresponderem através de palavras suaves e olhares provocantes. Um amor à primeira vista.
Não só o campo sensorial, mas o campo mental também andava em harmonia. O assunto do seu amigo surgiu em sua conversa com a recente “amiga” e ela o ajudou a solucioná-lo. Com uma voz pungente e ao mesmo tempo carinhosa, ela disse que a melhor maneira de solucionar um problema é ouvir a racionalidade mais irracional de todas: a língua do coração.
Ao cabo de sua hora de almoço, O Homem encaminhou ao fim do encontro, com um aperto interior. Despediu-se carinhosamente da moça que o conquistara, conquistara mesmo. Um forte abraço se sucedeu. A pele do braço do rapaz, que envolvia o leve corpo da moça, refletia a sensação de sua alma. Em contato com as penas brancas que detalhavam uma blusa também branca como as nuvens, o braço acomodava-se em um conforto breve. O encontro terminara e os dedos da mão do Homem contavam lentamente as vinte e quatro horas que separavam o próximo momento.
O meio dia tinha chegado, e O MOMENTO também. O rapaz correu para o café como se cada minuto vale-se uma dívida a mais. Ela não estava lá. Ele esperou, esperou, esperou e esperou mais ainda. Nos últimos minutos de seu horário, ele direcionou-se ao balcão, e perguntou à atendente se ela conhecia a moça que estivera conversando com ele no dia anterior.
Foi então que uma voz áspera disse que o rapaz estava enganado, que O HOMEM permanecera o dia inteiro olhando através da janela pensativo e que nenhuma forma, mesmo que feminina teria tido contato com ele.
Naquele momento, naquele presente e nesse, esse estranhamento ainda reina. Um amor repentino, um conselho que mudou sua vida, um vácuo repentino. Ela não estava lá, e nunca esteve...

Autor: Vinícius Guimarães Forte